segunda-feira, 28 de setembro de 2009



Inauguração Estádio José Alvalade



Com os êxitos alcançados no anos 50´s, ano após ano, a exigência de um estádio Olímpico era cada vez maior. No entanto, com o empenho e esforço de todos os Sportinguistas esse desejo foi concretizado, com muito do dinheiro necessário ao pagamento da construção do Estádio a ser doado pelos sócios.

Em 30 de Maio de 1954, mais ou menos por altura do início dos trabalhos, já se estimava que os sportinguistas tivessem contribuído com cerca de oito milhões de escudos, quantia assinalável para a época. Sob a liderança do Presidente Góis Mota, os sócios e adeptos mobilizaram-se e ficaram célebres as sessões de “picaretada”, nas quais os leões pagavam às vezes até vinte escudos pelo direito de ajudar na demolição do campo antecessor do Estádio José Alvalade.



No dia 27 Março 1955 iniciou-se a construção do Estádio José Alvalade. A iluminação do Estádio José Alvalade, outra inovação introduzida em Portugal pelo novo recinto, iria permitir a realização de competições nocturnas dos mais variados desportos, o que fazia com que o Estádio José Alvalade fosse o único da Península Ibérica com característica de Estádio Olímpico. Tal como o sistema eléctrico, a aparelhagem sonora montada no novo Estádio do SCP era na altura o último grito a nível tecnológico. A sua edificação foi obra da mobilização dos sportinguistas e no final ficou uma obra de estrutura olímpica, imponente e avançadíssima para a época.



Inauguração - O Estádio José Alvalade foi inaugurado a 10 Junho 1956, foi o sexto campo na ordem de recintos desportivos do SCP, primeiro de raiz a ser baptizado com o nome do seu fundador. Para além do festejo do quinquagésimo aniversário, o clube estava nesta altura a passar por um grande apogeu em diversas modalidades.



A inauguração foi memorável e grandiosa, à maneira da época. Estiveram presentes cerca de 60.780 espectadores, numa festa que envolveu um desfile de 1500 atletas do Clube, e que contou com a presença de representantes de 31 Federações e Associações Desportivas, 200 Clubes e 71 Filiais do Sporting Clube de Portugal, contemplando também um jogo em que o Sporting reforçado com elementos de outros clubes, perdeu por 2-3 com o Vasco da Gama.



Nesse jogo de festa o Sporting alinhou da seguinte maneira: Carlos Gomes, Caldeira e Joaquim Pacheco; Fernando Cabrita (do Sporting da Covilhã), Falé (do Lusitano de Évora) e Juca; Hugo Sarmento, Vasques, Miltinho, Mário Imbelloni (sem clube) e João Martins. O primeiro golo foi marcado por Juca, na própria baliza, tendo o primeiro golo do Sporting a ser apontado por Miltinho, que fez o 1-2.

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